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Doar os seus pulmões; uma decisão pela vida

Última atualização 20/04/2023
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O que é a doação de órgãos?


Doação de órgãos consiste na remoção de órgãos do corpo de uma pessoa depois de esta morrer. Estes são doados a indivíduos que têm órgãos danificados e que, por isso, precisam de ser substituídos. Receber um transplante pode salvar a vida de alguém e aumentar significativamente a sua expectativa e qualidade de vida.

Cada pessoa é livre de decidir se pretende que os seus órgãos sejam doados após a sua morte. Na maioria dos países, os profissionais de saúde necessitam de verificar se, em caso de morte, uma pessoa que se encontra bem de saúde não pretende que os seus órgãos sejam doados.

Não existem boas ou más decisões no que concerne a doação de órgãos; no entanto é essencial manter a família informada uma vez que isto facilita na decisão final.

 

Quando é que posso tornar-me um dador?


A maioria dos órgãos é doada quando uma pessoa sofre de danos cerebrais irreversíveis devido a um trauma grave ou um acidente vascular. É a chamada morte cerebral. Quando tal ocorre, o coração e os pulmões não têm a capacidade de funcionar por si mesmos e, consequentemente, o batimento cardíaco e a respiração são mantidos por um ventilador. Os critérios para definição de morte cerebral são determinados por lei e diferem de país para país. Os critérios para definição de morte cerebral são determinados por lei e diferem de país para país.

É tido em consideração o quão compatível os órgãos são e certos fatores como o género, idade, grupo sanguíneo tanto do dador como do recetor. É igualmente importante relembrar que a identidade do dador é mantida em anonimato não sendo divulgada ao individuo que recebe o órgão.

Se um individuo com doença pulmonar grave, tentou todas as opções de tratamento possíveis e a sua condição de saúde não melhorou, então poderá ser elegível para um transplante pulmonar. A equipa de transplante certifica-se de que os pulmões são doados a indivíduos que receberão o máximo beneficio da doação e que tomarão conta desta dádiva. Por exemplo, indivíduos que não desistem de fumar não são considerados elegíveis para um transplante pulmonar. Em 2021, a probabilidade de sobrevivência de um doente submetido a um transplante pulmonar de, pelo menos, 3 anos situava-se entre os 80–85%. Quem se encontra na lista de espera para receber um transplante pulmonar encontra-se gravemente doente e tem, por norma, uma expectativa de vida de 18 meses ou menos. A sua qualidade de vida é susceptivel de ser reduzida significativamente. Os pulmões destes indivíduos apresentam danos graves levando a que estes necessitem de oxigénio 24h por dia para poderem continuar a respirar e/ou de uma cadeira de rodas para se poderem movimentar. Estes indivíduos podem receber um transplante pulmonar único ou duplo, ou um transplante cardiopulmonar dependendo da sua condição. Estes são os casos para muitas doenças pulmonares.

De que forma pode mudar a vida de uma pessoa?


O transplante é o último recurso disponível para melhorar significativamente a função pulmonar e conceder a alguém mais uma oportunidade de vida. Os três estudos de caso seguintes apresentam testemunhos pessoais relacionados com transplantes pulmonares:

Quais são os riscos do transplante?


The main risk is that a person’s body could reject the new lung. This results in the immune system attacking the new tissue, as it believes it to be harmful. This can lead to a reduced lung function, which could happen quickly or slowly over time. There are many different drugs that can be taken to try to stop the immune system rejecting the organ.

Como é que posso doar os meus pulmões?


O processo de doação de órgãos varia de país para país. Em certos países Europeus como a Espanha, Áustria e Bélgica os cidadãos são automaticamente considerados como dadores apesar da sua família ser consultada independentemente depois de morrerem. No entanto, um individuo tem sempre a opção de optar ativamente na escolha, o que significa que neste caso a família é apenas informada da decisão. Por outro lado, o individuo pode recusar ser dador caso não queira que os seus órgãos sejam usados.

Noutros países, necessita de se voluntariar e de autorizar que, em caso de morte, os seus órgãos sejam doados. É importante saber que um médico, que não esteve diretamente envolvido no seu tratamento, irá decidir se os seus órgãos são adequados para doação.

Pode começar por consultar o website do Global Observatory on Donation and Transplantation (Observatório Global sobre Doação e Transplantação).

Quais os factores que podem impedir que os meus órgãos sejam usados?


Quais os factores que podem impedir que os meus órgãos sejam usados? Existem inúmeras razões para que os órgãos não sejam viáveis para doação, mesmo que se tenha concordado em doa-los.

Doença: Apenas os órgãos funcionais e saudáveis podem ser usados. Órgãos de indivíduos com doenças como cancro, HIV ou uma qualquer doença infeciosa muito dificilmente serão usados num transplante.

Dano: Em caso de morte por trauma, os órgãos podem encontrar-se demasiado danificados para serem usados.

Consentimento familiar: Em alguns países Europeus e em caso de morte, os familiares da vitima são consultados e têm que dar permissão para que os órgãos sejam usados.

Mesmo que o indivíduo tenha acordado em doar os seus órgãos, esta decisão pode ser revogada pela família. É, portanto, essencial discutir o assunto com a família e amigos de antemão para que estes estejam cientes dos seus desejos.

Doação de órgãos entre países


A doação de órgãos entre países Europeus é um assunto complexo. Alguns países operam individualmente e não permitem que órgãos doados no seu país sejam transplantados em pacientes de outros países. Outros países, tais como os Escandinavos, pertencem a uma rede (neste caso a rede Scandiatransplant) que permite a troca de órgãos e tecidos vivos entre os centros de transplantes de 5 países diferentes. Este é também o caso da Áustria, Bélgica, Croácia, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos e Eslovenia , todos pertencentes à Fundação Internacional Eurotransplant

Ação União Europeia (UE)


A procura de órgãos supera a oferta por todo o território Europeu. Esta escassez leva ao trafico de órgãos, onde se tenta roubar e traficar órgãos para outros países a troca de dinheiro sendo esta situação fortemente condenado pelas sociedades de saúde e transplante pulmonar da Europa. Para ajudar a combater esta questão, a UE propôs, em 2008, um “Plano de ação no domínio da dádiva e transplantação de órgãos” para 2009-2015. Nos últimos anos, foram apresentados apelos para novas ações no sentido de dar continuidade a este plano. Descubra mais acerca da estratégia atual da UE no respetivo Web site: http://europa.eu/legislation_summaries/public_health/threats_to_health/sp0007_fr.htm

Leitura adicional


A Organização Mundial da Saúde (World Health Organization – WHO) estabeleceu um conjunto de diretrizes para a transplantação. Visite o seguinte link para melhor compreender sobre os princípios éticos envolvidos no assunto da transplantação, propostos pela WHO : www.who.int/transplantation.

Eurotransplant: www.eurotransplant.org

Scandiatransplant : www.scandiatransplant.org

This material was compiled with the help of Prof Gilbert Massard.