O risco de desenvolver DPOC é maior nos países de rendimento médio e baixo, devido às experiências do início de vida

Um novo artigo analisa dados que sugerem que o risco de desenvolver DPOC nos PRMB é maior, devido às experiências de início de vida.


Mais de 90% das mortes relacionadas com a DPOC ocorre em países de rendimentos médios e baixos (PRMB).  Um novo artigo do Nature Partner Journal: Primary Care Respiratory Medicine analisa alguns dados recentes que sugerem que as pessoas que vivem nos PRMB são mais vulneráveis ao desenvolvimento de DPOC, devido às experiências de início de vida, em comparação com os habitantes dos países de rendimento alto.

Os pulmões continuam a desenvolver-se ao longo da infância, até ao início da idade adulta. A função pulmonar atinge o seu pico por volta dos 20 a 25 anos, antes de começar a piorar com o avançar da idade. A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença na qual a função pulmonar diminui para um nível abaixo de um determinado limite e a pessoa apresenta sintomas, como falta de ar e tosse.

Para muitos doentes, a DPOC ficará a dever-se ao facto de a sua função pulmonar piorar mais rapidamente do que a de uma pessoa saudável, normalmente por causa do tabagismo ou da exposição à poluição do ar durante a vida adulta. No entanto, algumas pessoas são vulneráveis ao desenvolvimento de DPOC porque atingem um “pico” mais baixo na sua função pulmonar. A doença pode ser causada pela combinação destes dois fatores.

Muitas vezes, quando uma pessoa tem um pico da função pulmonar mais baixo, este deve-se a fatores do início de vida que podem afetar o crescimento dos pulmões. Estes incluem: 

  • respirar em ambientes com ar poluído durante o crescimento (incluindo a exposição ao fumo passivo e poluição do ar doméstica)
  • asma, diabetes ou alimentação insuficiente da mãe durante a gravidez

nascimento prematuro, baixo peso à nascença ou doenças durante a infância

Um pico da função pulmonar mais baixo é um problema muito maior nos PRMB, porque estes fatores são mais comuns do que nos países de rendimentos altos. Além disso, é mais difícil controlar este tipo de DPOC e as pessoas dos PRMB também podem ter mais dificuldades em aceder a cuidados de saúde e a informações de saúde fiáveis.

De acordo com os autores do artigo, a prevenção é a chave para a redução do impacto da DPOC nos PRMB e esta deve começar antes do nascimento e prolongar-se ao longo da infância. Para as pessoas que desenvolvem DPOC, a educação e a reabilitação pulmonar poderiam revelar-se formas úteis e eficazes em termos de custos para controlar os sintomas e para abrandar a progressão da doença.

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