As pessoas com bronquiectasia obtêm os mesmos benefícios da reabilitação pulmonar que as pessoas com DPOC

Um novo estudo publicado demonstrou que a reabilitação pulmonar é benéfica para pessoas com bronquiectasia.


De acordo com um novo estudo publicado na revista médica European Respiratory Journal, a reabilitação pulmonar pode trazer melhorias no bem-estar das pessoas que vivem com bronquiectasia, à semelhança do que acontece com as pessoas que sofrem de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

A reabilitação pulmonar é um programa que visa reduzir os impactos físicos e emocionais que uma doença pulmonar crónica pode ter na vida de uma pessoa. Combina a prática de exercício físico com educação sobre formas que o ajudarão a manter-se o mais saudável possível.

Durante o estudo, 213 pessoas com bronquiectasia participaram num programa de reabilitação pulmonar supervisionado, com duração de 8 semanas. Cada pessoa foi associada a alguém com DPOC que também recebeu o tratamento, para que fosse possível comparar os seus resultados.

Os investigadores utilizaram algumas medições diferentes para comparar os dois grupos: um teste de marcha, um questionário sobre sintomas e bem-estar e verificaram se os participantes concluíram o programa.

Ao analisar os questionários, verificou-se a existência de semelhanças nos resultados entre ambos os grupos, particularmente no que diz respeito à redução da falta de ar e da melhoria da saúde mental. No entanto, as pessoas com DPOC sentiram uma maior alteração nos níveis de energia do que as que sofrem de bronquiectasia.

As pessoas com bronquiectasia tiveram melhorias ligeiramente superiores nos resultados do teste de marcha. Após o programa, conseguiam andar, em média, mais 70 m, comparando com o ganho de 63 m entre as pessoas com DPOC.

Ambos os grupos concluíram o programa com as mesmas taxas.

No geral, os investigadores descobriram que a reabilitação pulmonar é benéfica para pessoas com bronquiectasia, visto que melhora o seu bem-estar e capacidade para praticar exercício físico. Deste modo, recomendam que esta seja proposta como parte integrante dos planos de tratamento para a doença.

Leia a notícia original.

Leia o resumo do artigo publicado na revista.

 

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